O editor, ou Miranda, o nome que usavam os jornalistas sob sua alçada para o chamar, mas não tão comummente usado quando se referiam a ele nas suas costas, tinha acabado de ler o texto. E a insatisfação parecia bem visível. Mas ele era assim, antipático e fechado, cáustico e amargo. Ninguém sabia quando gostava de algo, apenas quando não gostava. Ainda assim algo mais deslizou da sua boca, não sem algum desconforto por parte do personagem, habituado a outro tipo de falas:
- Mas é uma história real. As pessoas querem lágrimas e sangue, mas fartaram-se do artificial. Isto pode ter sumo para espremer… Miúda – disse virado para o jornalista – vamos passar a publicar isto. Mas acho que também temos de fazer o nosso trabalho de casa. Investigar um pouco o que se passa afinal aqui, a verdade por detrás da verdade, percebes, morcão? Começa a procurar, esta morte pode já ter sido noticiada! Até pode ter sido publicada uma notícia no nosso jornal!
O jornalista parecia entusiasmado com a nova missão, e perfeitamente intocado pelos recorrentes insultos do patrão. Por onde começar a busca?
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Ora bem, o texto de hoje foi curto, mas assim foi também por vos querer incitar à participação. Inventem um nome para o bar onde se deu o crime, o nome da vítima, a data, e outros pormenores relacionados com o que se passou. Eu darei o devido enquadramento às informações que me derem.
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