quinta-feira, 17 de junho de 2010

história

Eu não sabia bem que história contar. Tinha a perfeita noção que a assistência era exigente e a escolha não podia ser deixada ao acaso. Tentei recolher as peças certas da minha memória, aquela parte de mim a que muitos chama de imaginação. Mas se bem me lembro, a história não foi bem assim. Talvez me tenha lembrado, mas sem cuidado.
Faço um esforço para me recordar. A memória é fraca, mas também não tem muito para contar porque os anos não são muitos. São mais aqueles que imagino do que os que realmente recordo. E recordar é viver, certo? Temo não ter vivido muito, pelo menos fora da minha cabeça.
Mas isso não interessa agora. O que interessa realmente é a história que tenho para vos contar. Tem suspense, tem terror, dramatismo e muitas lágrimas à mistura. Tem classe, tem garbo. Tem comédia, tem acção. Tem tudo no sítio. Só não sei como a contar.
Espero um dia poder-vos contar a história das vossas vidas...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Em desespero sigo a vontade dos deuses

Em desespero sigo a vontade dos deuses,
Porque esperança guardo-a já num canto.
Se guardado é o canto do cisne
Que se perdeu no ar.
No desencanto que a vida me traz,
Por vezes,
Nem a morte traria a sorte que eu queria.
E eu queria pesar esse olhar vazio
Que vejo, por vezes, no espelho,
E enchê-lo com o pesar
Que sei que os vivos têm,
E deixar de vaguear,
E deixar de me ausentar de mim mesma.




Vou passar a publicar aqui o que publico às quartas no fendamel, para não ficar tão parado...