tag:blogger.com,1999:blog-91781584997363997222024-03-05T08:17:13.845+00:00O Ser dos OutrosPsiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-26018989902952385842011-11-10T22:22:00.000+00:002011-11-10T22:23:19.989+00:00Sometimes...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7umAIPR1hXJVvS2PWbIjGS6dQhuJHSsIISFHcAg48cR10uJnoHDcrwk7gwfeJogrAFPUPMEMo51axfaijDz0zeKggO_YomKzCgJCC0y9imSjcg_GI7QbIlcAZIyvOUZj52ONAU5T1Z_I/s1600/Untitled-1.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 142px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7umAIPR1hXJVvS2PWbIjGS6dQhuJHSsIISFHcAg48cR10uJnoHDcrwk7gwfeJogrAFPUPMEMo51axfaijDz0zeKggO_YomKzCgJCC0y9imSjcg_GI7QbIlcAZIyvOUZj52ONAU5T1Z_I/s400/Untitled-1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5673496257206393602" /></a>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-73688895033000392762011-06-12T02:05:00.000+01:002011-06-12T02:06:29.671+01:00Descubro Beijos<p class="MsoNormal">Descubro beijos,</p> <p class="MsoNormal">Mantas sobre mobília antiga,</p> <p class="MsoNormal">Apenas para não ganhar pó.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">E porque tem de ser assim, </p> <p class="MsoNormal">Sem cerimónia nem pompa,</p> <p class="MsoNormal">Como o mais banal dos gestos?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Prefiro alcançar esse destino,</p> <p class="MsoNormal">Correr para uma meta,</p> <p class="MsoNormal">Que mais ninguém pode atravessar.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Solidão?</p> <p class="MsoNormal">Escuridão?</p> <p class="MsoNormal">Medo?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Talvez.</p> <p class="MsoNormal">Mas não quero ser extremista.</p> <p class="MsoNormal">Posso sempre mudar ao longo do caminho.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Nunca te habitues a pensar da mesma forma.</p> <p class="MsoNormal">Senão irás parar a algum lugar que já conheces, </p> <p class="MsoNormal">Mas ao qual nunca deverias ter voltado.</p>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-89715439394553331322011-01-18T22:41:00.003+00:002011-01-18T22:44:01.886+00:00Intempéries 2<p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Esgotei as minhas palavras.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Estou farta de escrever no vazio.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Calafrio excêntrico de uma escritora<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Sem papel,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Sem pincel,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Sem escopro,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Sem talento, incerto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Sonho dos sonhadores.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Sempre fui dada aos pesadelos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Suaves e claustrofóbicos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Tinta<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >De sangue, <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >E em forma de caneta,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >A dor.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Alucinações em que dizia<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >O que queria<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >E não<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >O que devia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Se não fossem as lágrimas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Diria<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Que era mentira.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Meu ser fora o não ser,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >E, imaginação minha,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Não te quero perder.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Se te perco, perco-me a mim.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Perco-me,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Eu,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span >Mais uma vez,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span><span class="Apple-style-span" >No vazio.</span><span class="Apple-style-span" ><o:p></o:p></span></span></p>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-78621874212959236052010-11-14T02:48:00.001+00:002010-11-14T02:48:56.023+00:00no comments<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYxrEcmad_FcnT1001yLV1-PalODORPyuDPRMOV2O8cqa5zt7kYGyMIQH5NmWqGdDC2r5ld_FfygxsWcXR0ZFyxggDuweRHFYl-PTmCQtkBoKmCtRrDAX3cbh_0zXhqjoG_9Ja36-dYYY/s1600/lol2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 125px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYxrEcmad_FcnT1001yLV1-PalODORPyuDPRMOV2O8cqa5zt7kYGyMIQH5NmWqGdDC2r5ld_FfygxsWcXR0ZFyxggDuweRHFYl-PTmCQtkBoKmCtRrDAX3cbh_0zXhqjoG_9Ja36-dYYY/s400/lol2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539231861857447554" /></a>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-49117991663450026892010-11-01T19:47:00.000+00:002010-11-01T19:48:32.205+00:007 - Às cegas<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; ">Não sabia por onde começar a procurar, e por isso procurou sem pensar. Já tinha passado uma semana desde que a primeira parte do diário do misterioso Balthazar tinha sido publicado. E nada tinha encontrado. Nem uma única pista. Não era preciso procurar muito no arquivo do jornal: este tinha iniciado a sua actividade poucos meses antes. Talvez por isso tivesse na sua estrutura editores trapaceiros que queriam apoiar a actividade jornalistica em anti-noticias, em eventos que nem sequer tinham importância para a sociedade em geral. Às voltas na biblioteca, no espaço dos periódicos, reflectia seriamente em como se tinha tornado num jornalista de um jornal de notícias supérfluas, perto da categoria de revista cor-de-rosa. Foi interrompido pela urgência de ser um pouco mais prático: abriu volumes de jornais relativamente recentes, ainda que ao calhas.<br />Perdeu-se mais um pouco. Perdeu-se ainda mais, vidrado num relógio e no seu ponteiro dos segundos, ágil a percorrer o redondo minuto. Mas um som se sobrepôs à marcha incessante do tempo. Cuidadosos passos, e uma bengala no ar, a sondar os objectos que se atravessavam. Os olhos cegos escondidos atrás de uns óculos escuros. Era uma mulher jovem.<br />O que ele não sabia é que os sons diziam-lhe que alguém se sentara a vasculhar as inconfidências dos jornalistas, e a intuição, que esse alguém estava perdido. Directa, firme e algo formal, mas com delicadeza, ela abordou-o:<br />- Precisa de ajuda?<br />Era funcionária da biblioteca. “E eu a pensar que era preciso ver para trabalhar aqui…”<br />- Mudo? O quê, é assim tão estranho? Pensavas que eu não podia trabalhar aqui por não ver? – respondeu, desfazendo um pouco a imagem séria de antes.<br />“Como é que ela sabe?! Será que lê mentes?!”<br />- Olha, eu não leio mentes … podes parar de pensar idiotices e dizer alguma coisa?<br />- Desculpe lá… Ei, desde quando é que tens idade para me tratar por tu?<br />- A partir do momento em que encontro idiotas que não me respondem! Eu não consigo interpretar códigos gestuais, não sei se já deu para ver.<br />- Nunca ninguém disse que a senhora não tem estofo para trabalhar em atendimento ao público?<br />Ao ouvir tal, a rapariga endireitou-se ligeiramente, voltando à sua posição inicial. Inspirou e expirou. Voltou a perguntar, com uma seriedade que roçava agora o falso:<br />- Precisa de ajuda?<br />Mimetizando-a, ele sentou-se mais direito e respondeu:<br />- Quem lhe disse que precisava de ajuda?<br />Um sorriso irrompeu:<br />- Estás aqui há horas. Mexes e remexes nos papéis, como se não tivesses um objectivo certo. Não sabes o que procurar, ou pelo menos como. Deves ter parado, mas apenas para olhar para o relógio. – fez uma pausa, algo triunfante; mas logo continuou – Não te apetece destruir o relógio? Faz um tique-taque irritante e que não nos larga. Mesmo que te percas nos teus pensamentos, sabes sempre que o tempo não parou para esperar por ti…<br />- Podes parar de gozar, ou lá o que estás a fazer? Como é que alguém como<span style="font-style: italic; ">tu </span>me pode ajudar?<br />- Sabendo o que procuras. Que fazes afinal aqui? - perguntou, fazendo de conta que não tinha percebido o insulto subentendido.<br />Derrotado, respondeu:<br />- Procuro uma noticia relacionada com o “Diário de Balthazar”, uma crónica que o meu jornal<br />publi…<br />- Mmmm, sei…<br />- Já ouviste falar?<br />- Sim. Mas não me lembro de notícias relacionadas nos últimos tempos… É mesmo verdade? Pensei que era inventado…<br />- Não, não é…<br />- Mas reparei no facto do bar estar aberto a noite toda até de madrugada, não é normal. Sabes quando é que isso acontece nesta cidade? No dia 3 de Agosto...<br />- 3 de Agosto?<br />- Sim… És de fora? - antes que ele pudesse responder – Sim, já se percebeu… Procura nesse<br />dia, o dia da"Grande Madrugada". Podia contar a gloriosa história desse feriado recentemente criado (e eliminado), mas basta saberes que foi criado para render mais dinheiro à vida nocturna...<br />Ele não gostava de ser mandado por alguém mais novo, e ainda assim tão arrogante, mas não tinha melhor ideia… Ela sentou-se a seu lado, como se fosse ajudar a procurar, e ele começou a folhear…<br />E num título inesperado de dia 3 de Agosto descobriu o que queria:<br />- “E debaixo do véu”… No dia da Grande Madrugada uma jovem morreu no Pub “A Dama do Véu” em estranhas circunstâncias… Polícia fala de homicídio… Parece que é isto!<br />- E graças a quem? A quem?<br />Estava claramente a divertir-se com a situação. Ele respondeu prontamente, algo chateado, mas satisfeito com a descoberta:<br />- Obrigado pela ajuda.<br />- De nada. – e com desenvoltura disse - Chamo-me Manuela. E tu?<br />- Miguel.<br />Ela estendeu a mão e ele apertou-a. Ela sorriu, um sorriso trapaceiro:<br />- E agora, já faço parte da investigação?<br />Ele riu-se, mas não respondeu.<br />Leu a notícia em voz alta, e os dois discutiram-na. Rapidamente perderam-se noutras conversas, nos seus caminhos sinuosos. Mais uma vez... sem contar com a marcha dos tempos, com o cair da noite, e o fim de mais um dia de vasculhação (não será o melhor nome para algo que não é bem uma investigação?).<br />Mas ainda muito por contar. E, afinal, que se passou naquela noite de Verão?<br /></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-39769093238909334612010-11-01T19:46:00.000+00:002010-11-01T19:47:31.958+00:005 - De volta ao presente<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; ">- Isto é pior que a merda que tu escreveste!<p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; ">O editor, ou Miranda, o nome que usavam os jornalistas sob sua alçada para o chamar, mas não tão comummente usado quando se referiam a ele nas suas costas, tinha acabado de ler o texto. E a insatisfação parecia bem visível. Mas ele era assim, antipático e fechado, cáustico e amargo. Ninguém sabia quando gostava de algo, apenas quando não gostava. Ainda assim algo mais deslizou da sua boca, não sem algum desconforto por parte do personagem, habituado a outro tipo de falas:</p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; ">- Mas é uma história real. As pessoas querem lágrimas e sangue, mas fartaram-se do artificial. Isto pode ter sumo para espremer… Miúda – disse virado para o jornalista – vamos passar a publicar isto. Mas acho que também temos de fazer o nosso trabalho de casa. Investigar um pouco o que se passa afinal aqui, a verdade por detrás da verdade, percebes, morcão? Começa a procurar, esta morte pode já ter sido noticiada! Até pode ter sido publicada uma notícia no nosso jornal!</p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; ">O jornalista parecia entusiasmado com a nova missão, e perfeitamente intocado pelos recorrentes insultos do patrão. Por onde começar a busca?</p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "></p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: center; text-indent: 14.2pt; ">------------------------------<wbr>------------------------------<wbr>------------------------------<wbr>---</p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "></p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; ">Ora bem, o texto de hoje foi curto, mas assim foi também por vos querer incitar à participação. Inventem um nome para o bar onde se deu o crime, o nome da vítima, a data, e outros pormenores relacionados com o que se passou. Eu darei o devido enquadramento às informações que me derem. </p></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-79018604819562169802010-09-30T00:59:00.002+01:002010-09-30T01:00:36.621+01:004 - No Bar<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; "><div style="text-align: justify; "><span id="internal-source-marker_0.3836469663228739" style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Foi de noite. Mas isso talvez já saibam. É sempre a noite que traz a magia, o dia traz a luz e a decepção. Olhava à minha volta e estava tudo como em qualquer outra hora, agitado, perturbado, confuso. Aborrecido, na verdade. Não encontrava espelho por onde me observar, como qualquer outro no meu lugar. E que veria eu nesse reflexo? Nada de muito especial. Talvez isso me devesse atormentar, mas tal não acontecia. Como qualquer um no meu lugar. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Acho que só procurei ver algo em mim depois daquelas horas. Só procuramos o que pensamos poder encontrar.</span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Podia dizer que nada de novo aconteceu. Mas a novidade só a é para alguém, e para mim foi. Ela era diferente. Talvez não o fosse para qualquer um, mas para alguém o era. Pelo menos para mim. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Se era rosa, eu não via os espinhos. Não quer dizer que não me fosse picar... O que não me demoveu de lhe falar. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Um balcão de um bar, uma bebida oferecida e em troca um sorriso que nos parece do outro mundo. Já ouviram esta história em algum lado? Eu nunca tinha feito dela mais do que isso, ainda que fosse pela sua miragem que migrava todas as noites para aquele local. Não estava à espera de a contar ninguém, ainda que a procurasse incessantemente. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Eu perdi-me no sorriso dela e nela perdi as horas. Sem muitas palavras trocadas, roubei-lhe um beijo. Tímido beijo, já que já me tinha dado a sua simpatia; a ganância em mim foi sempre moderada. Corou para meu espanto. O vermelho nas faces passou para as minhas. Virou-se para mim e segredou nervosa “eu também não estou habituada a isto”. “Não diria tanto”, cortei eu a sua voz e não vi razão para explicar mais as minhas razões, como se a razão se pudesse intrometer aqui. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Não a beijei mais, pelo encanto da sua inocência, não sabia se verdadeira ou não. Também não falámos muito mais. Porque não lhe perguntei nada. Porque não queria roubar mais. Porque o que queria dela tinha de me ser dado, e só aquela rapariga calada, tímida, e ainda assim marcante, poderia fazê-lo. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Durante horas esperei por uma oferenda. Ela foi dando o que sabia dar: um sorriso, um olhar, uma palavra. Coisas tão simples e tão preciosas. Como anéis de plástico trocados entre crianças que ainda não sabem o que é o amor, ou como risos enrugados entre velhos que não descobriram entretanto o que é o amor, mas isso não os impediu de o viver. Esperei mais, como podia não o fazer!? </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Ainda que fosse novo para mim, de certa forma, esperei porque não havia mais nada a fazer. Até que o dia raiou e a sua luz nasceu de novo, como sempre o fez. Mas, para quem vive à noite, a luz traz sempre algo que não desejamos: um adeus. Desta vez trouxe algo mais: a verdade. Irrompeu pelas janelas e rasgou-me o peito. Abriu-me o coração e deixou lá um vazio. Porque a luz trouxe a escuridão, e talvez tal aconteça porque faça sombra quando não é omnipresente. Apagou-se uma outra luz, sim, mas primeiro no seu sorriso, depois no seu olhar, por fim no seu corpo inteiro, enquanto esmorecia e caia da cadeira, já sem forças, já sem vida. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >E a mim, o que aconteceria? Via bem quando a escuridão era rainha, mas já tinha vivido sem sombra e não podia lá regressar. </span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >E porque é que a manhã trouxe a noite à sua vida? Tinha de saber porquê, amanheci eu no meu pensamento, junto com as minhas lágrimas. Lavo a cara para uma nova existência, à sombra da luz de um dia que vi à noite...</span></span><span class="Apple-style-span" ><br /><br /></span><div style="text-align: center; "><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >-------------------------------------------------------------------------------------------------------------</span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><span class="Apple-style-span" ><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "></span><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Bom, isto tudo é da minha autoria, porque o meu apelo não teve resposta. Não sei se terão mais vontade de participar após este capítulo, mas espero que sim. Vejam no capitulo 3, de 15 de Setembro, para mais informações sobre como participar. Eu espero por isso. Senão tiver propostas, continuo com os textos de minha autoria (mas espero sempre por ideias novas).</span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >Comentem, votem, a vossa opinião e a vossa participação é importante no fendamel</span></span><span class="Apple-style-span" ><br /></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "><span class="Apple-style-span" >E que traz o capítulo seguinte? Quem sabe...</span></span><span class="Apple-style-span" ><br /><span style="background-color: transparent; font-style: normal; vertical-align: baseline; "></span></span></div><div><span style="background-color: transparent; font-style: normal; color: rgb(0, 0, 0); vertical-align: baseline; "><br /></span></div><span style="background-color: transparent; font-style: normal; color: rgb(0, 0, 0); vertical-align: baseline; "></span></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-5682920259255669992010-09-28T20:10:00.000+01:002010-09-28T20:14:01.009+01:00Mais uma semana...<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; "><div>Já se perderam? Eu já, na quantidade de respostas ao meu pedido de "ajuda" da semana passada. Estou a brincar, ainda estou à espera que alguém me leve a sério. Talvez avance eu da próxima.</div><div>Agora a sério. Já se perderam? Nas ruas de uma cidade, nas encruzilhadas da vida? Bem, eu hoje perdi-me um pouco e descobri muito mais do que se não o tivesse feito. Confuso? Nem por isso. Percam-se e vejam o que encontram então...</div><div><br /></div><div>E agora, um poema. Porquê? Porque sim:</div><div><br /></div><div>Falta-me espaço</div><div>E vontade,</div><div>Não tenho lógica nem tempo.</div><div>Troco os dias pelas noites</div><div>Choro sem lágrimas</div><div>E em lágrimas acordo.</div><div>Chuva, deve ser...</div><div>E trovoadas silenciosas pelo dia</div><div>Em que me deixaste morrer,</div><div>Lentamente,</div><div>Não como o fim da tua vida foi</div><div>Para mim.</div><div>Acho que só sufocarei</div><div>Isto</div><div>Quando descobrir</div><div>Tudo o que não foste para mim...</div><div><br /></div><div>Mas isso é outra história</div><div>ou talvez não.</div><div>Sou advogado do mercador</div><div>Escondo a cara,</div><div>Mas não a dor.</div><div>Talvez nada disto faça sentido,</div><div>E não o fará por agora...</div><div>Quem me aponta a direcção certa?</div></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-63190312144017774832010-09-17T00:52:00.004+01:002010-09-28T20:14:42.623+01:003 - O relato<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; "><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">“Caros leitores, se esta carta chegou às vossas mãos sã e salva, é porque é vossa. Sou Balthazar, aliás, quero que me conheçam por Balthazar, apesar de não ser este o meu verdadeiro nome. Mas o nome não é importante, apenas a história que tenho para contar. Talvez já tenham ouvido algo do género; já vos entreteram com tantas sagas dramáticas que a vossa curiosidade foi adormecida. Mas deixem-me acordá-la, calmamente no início, mas violentamente no final. Porque quando alguém vos conta, e é verdade, e descansa das suas mágoas sobre o vosso colo, a história passa a ser também vossa.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Podia ter cedido à fraqueza e calar as minhas memórias. Podia e queria tê-lo feito. Mas certas coisas na nossa vida devem ser partilhadas com outros. Principalmente quando os acontecimentos só podem ser ordenados fora da nossa cabeça, ou até por outras cabeças.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Talvez precise de um pouco de ajuda para perceber tudo o que se passou. Ainda que nunca venha a fazê-lo de uma forma perfeita pois, por muito que alguém vos diga que quer tirar uma libra de conhecimento, nem mais, nem menos, sabemos bem que tal não é possível. Portanto, retirem do meu conto o que vos aprouver, e talvez eu faça o mesmo.”</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">---------------------------------------------------------------------------------------</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Caro leitor. Se está a ler esta “série” e acha que não tem ponta por onde se lhe pegue, não exaspere mais. Agora a sua oportunidade chegou para mudar a face desta história, e chegou a minha de não ter culpa se o enredo não levar a lado nenhum.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Todas as semanas (se possível), farei perguntas de forma a decidir o rumo da história. Pode responder de forma simples, dizendo apenas um rumo que eu terei de usar para escrever a continuação, ou até com textos prontos a usar. Tratarei de escolher e identificar quem contribuiu para o texto final semanal. Provavelmente irei usar várias propostas e de vários tipos de cada vez, e escolherei aquelas que achar mais lógicas de acordo com o enredo anterior.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Podem participar através dos comentários do <a href="http://fendamel.blogspot.com/">blog</a>, no <a href="http://www.facebook.com/profile.php?id=100001612291783&ref=sgm">facebook do fendamel</a> (através de comentários ou de mensagens), ou através do mail <a href="mailto:fendamel.blog@gmail.com" style="color: rgb(13, 143, 99); text-decoration: underline; ">fendamel.blog@gmail.com</a>.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Para poder escrever a continuação cada semana, o prazo de envio de propostas fica definido para segunda-feira.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Agora a proposta da semana: o que aconteceu na noite mais comprida da vida de Balthazar? Ou seja, quem é que conheceu, onde e o que aconteceu antes da sua morte trágica. Sugestões? Cuidado com as pistas...</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Participem!</p><div><br /></div></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-52706952822947731722010-09-12T16:52:00.002+01:002010-09-28T20:17:58.111+01:002 - O jornal<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; "><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">Por entre as secretárias de uma publicação da cidade, dois homens discutiam amenamente. Um, mais velho, abanava no ar uma resma de cartas. A outra mão passava-a regularmente no que restava do cabelo. O outro olhava um pouco desapontado para as mesmas cartas:</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Bom, eu tentei, mas eu nunca disse que era escritor.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Tu disseste que ganhaste um concurso!</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- No básico!</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Não achaste que era preciso referir-te a esse pequeno pormenor?</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Não achei que fosse assim tão difícil fazer um texto… desde que a história fosse minimamente interessante.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Eu mandei-te escrever um diário falso de alguém que sofreu uma perda e quis investigar o caso, uma espécie de policial com testemunhos reais, e tu escreves uma novela rasca e melosa sem pés nem cabeça?! Quem é que iria acreditar? Até gozaram com a qualidade do “conto” – leu numa carta, atirando de seguida à secretária – como se esperássemos criticas literárias a algo que supostamente era um relato! Ainda por cima, nem percebo metade do que acontece aqui.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">Continuou, apontando para a folha impressa do jornal; chegou o texto mais perto dos seus olhos:</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">– “Ninguém espera uma paixão tão forte como resultado de um encontro no bar, consumado por um único beijo. Tão inesperado que pensei sentir muitos olhares pousados sobre nós.” Amor proibido? Isto é inspirado em quê? Romeu e Julieta? E porque é que não conseguimos perceber o género de quem escreve?</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Bem, a ideia é essa… - começou o quase escritor, como ele gostaria de ser referido, em vez de qualquer coisa mais insultuosa. Mas o estafeta interrompeu-os, com mais uma carta.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">Ele ia pegar nela, mas o editor tirou-a antes dele. Abriu-a muito rapidamente, julgando que era mais uma crítica. Mas não era.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- O que diz aí? Porque é que o envelope não traz selo e só tem escrito o seu nome?</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Calma. – respondeu o editor, embrenhado na leitura. – Não faças demasiadas perguntas ao mesmo tempo, é capaz de te rebentar um … espera aí. Alguém leu a porcaria que tu escreveste e quer fazer algo em relação a isso. Escuta:</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">“Eu li a vossa história, e qualquer pessoa via que era inventada. Porém, sou a única pessoa a poder comprovar que não é mentira, pelo simples facto de ser real para mim. Sentindo que era a minha história que estava a ser contada, quero que ela seja narrada por mim, e mais ninguém. Envio com esta missiva uma pequena parte desse relato. Só enviarei a parte seguinte quando vir esta publicada, e o mesmo acontecerá às seguintes. Aceitam introduzir uma ponta de verdade no vosso jornal? Querem atrair leitores para uma história negra e real? Espero que aceitem o desafio. Ass: Balthazar”</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">- Quem é este idiota cheio de arrogância? – replicou, mas derrotado pela proposta . Agarrou na resma de folhas que vinham no envelope – Começa a ler e vê se isto tem algum interesse.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">Desinteressado, o outro pegou nas folhas e começou a ler.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">Sabia que estava prestes a ficar sem a tarefa que tinha há pouco iniciado para o jornal. O que não sabia é que os seus dias estavam prestes a ficar mais interessantes…</span></p></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-17596548170474852722010-09-05T20:11:00.003+01:002010-09-28T20:16:00.048+01:001 – A noite (e o que se lhe seguiu)<span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia, Times, serif;font-size:12px;"><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Posso dizer que tudo, ou quase tudo, de relevante na minha vida se passou à noite. Nasci à noite e à noite perecerei, certamente. Que outra previsão poderia fazer então em relação a alguém que vive à noite e para a noite? Mas o que vos vou contar não é sobre a noite, ou pelo menos não começa com ela.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">A vida continuava, moribunda segundo eu, de ressaca certamente, diriam outros. Todas as manhãs eram assim para mim, a cabeça a estalar e a boca seca, incapaz de aguentar o ritmo de vida que impus. Mas o ânimo era outro. As mãos deslizavam pelo volante levemente. Porquê? A explicação aproximava-se a cada quilómetro que ultrapassava.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Ela tinha-me dito, um segredo ao ouvido, onde trabalhava. Talvez me esperasse ver lá no dia seguinte. Segui o meu instinto, um sexto sentido de que tanto falam. Vos digo que não costumo fazer algo do género, mas aquela voz conquistaria qualquer um, mesmo qualquer um ou qualquer uma entre os tantos corações solitários que vagueiam nos bares.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Parei à frente do restaurante onde ela servia à mesa, aproveitando a folga inesperada que a crise dá a tantos. A minha boca amarga por outras razões, porém.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Quero esclarecer algo, que ainda não esclareci por escrever ao sabor da pena (figurativa): ela é o amor da minha vida. Não queria dizer isto assim, afinal é razão de espanto até para mim. Ninguém espera uma paixão tão forte como resultado de um encontro no bar, consumado por um único beijo. Tão inesperado que pensei sentir muitos olhares pousados sobre nós. Julgo agora não ser produto da minha imaginação.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">Mas continuemos, porque tal conclusão não nasce instantaneamente: é algo <span></span>inocente, mas não totalmente irreflectido ou imaturado (se me permitem inventar), ainda que imaturo. Despontou realmente quando o sangue que sujava os azulejos do restaurante sujou a minha boca, e as lágrimas lavaram a minha cara.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; ">O que aconteceu? É aqui que parece começar o mistério, ou é aqui que começa a surgir realmente.</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: center; text-indent: 14.2pt; ">---------------------------------------------------------------------------------------------</p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; line-height: 1.5em; text-align: center; text-indent: 14.2pt; ">Mas será o único mistério? Talvez mais questões surgirão entretanto, se não surgiram já nas vossas mentes.</p></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-34663955455371980042010-06-17T21:18:00.002+01:002010-09-28T20:17:28.295+01:00história<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; ">Eu não sabia bem que história contar. Tinha a perfeita noção que a assistência era exigente e a escolha não podia ser deixada ao acaso. Tentei recolher as peças certas da minha memória, aquela parte de mim a que muitos chama de imaginação. Mas se bem me lembro, a história não foi bem assim. Talvez me tenha lembrado, mas sem cuidado.<div>Faço um esforço para me recordar. A memória é fraca, mas também não tem muito para contar porque os anos não são muitos. São mais aqueles que imagino do que os que realmente recordo. E recordar é viver, certo? Temo não ter vivido muito, pelo menos fora da minha cabeça.</div><div>Mas isso não interessa agora. O que interessa realmente é a história que tenho para vos contar. Tem suspense, tem terror, dramatismo e muitas lágrimas à mistura. Tem classe, tem garbo. Tem comédia, tem acção. Tem tudo no sítio. Só não sei como a contar.</div><div>Espero um dia poder-vos contar a história das vossas vidas...</div></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-15124023838139480852010-06-10T18:34:00.002+01:002010-09-28T20:16:46.644+01:00Em desespero sigo a vontade dos deuses<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12px; ">Em desespero sigo a vontade dos deuses,<div>Porque esperança guardo-a já num canto.</div><div>Se guardado é o canto do cisne</div><div>Que se perdeu no ar.</div><div>No desencanto que a vida me traz,</div><div>Por vezes,</div><div>Nem a morte traria a sorte que eu queria.</div><div>E eu queria pesar esse olhar vazio</div><div>Que vejo, por vezes, no espelho,</div><div>E enchê-lo com o pesar</div><div>Que sei que os vivos têm,</div><div>E deixar de vaguear,</div><div>E deixar de me ausentar de mim mesma.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>Vou passar a publicar aqui o que publico às quartas no fendamel, para não ficar tão parado...</div></span>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-2653517683203549492010-04-21T20:25:00.002+01:002010-04-21T23:48:54.586+01:00Prometeu<p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";">Fogo. Promessa de criação e de destruição. Visão de um futuro brilhante ou negro, como cinzas que cobrem a terra no último dia. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";">Para aqueles que sempre fecharam os olhos… talvez tenham visto mais que todos nós. E, ao mesmo tempo, nada viram. E há também aqueles que queriam ter fechado os olhos há mais tempo. E olhar para o sítio certo. Antes que definhassem, e o seu espírito também. Porque há um mundo que nem todos vêm, muito para além do horizonte que está à nossa frente. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";">Alguém roubará o fogo para que os Homens vejam mais. E passem a sonhar. O sonho é a utopia da espécie, a felicidade a sua nemésis. Um novo caminho iluminado pelo irmão do criador. O barro que precisa de sangue, o sangue que vive para além da matéria. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";">Sem a ilusão, a rebelião da mente em relação à realidade, mas não ao corpo, produtor e contentor de emoções, onde estaria a nossa humanidade? A dor que criamos a nós próprios sem imaginarmos, imaginando. E também o prazer. Saber que nos levamos mais longe do que as nossas pernas completa-nos. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";">A verdade e a mentira não existem depois do fogo nos ter sido entregue. À medida que a nossa visão se alarga, também a dúvida e a indefinição. Alguns perdem-se, outros encontram-se. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";">“Se não me perdesse, não me tinha encontrado. Em cada sonho me perco, e em cada um encontro o que me move. Um estranho fogo que me consome e me cria de novo. Sou feito de ilusões, por vezes sinto que foram elas que me criaram, e nunca o contrário. Não as consigo evitar e … nem sei se existo realmente. Cada visão responde a uma questão que nunca elaborei, surge por si, tomando conta de um corpo que nunca senti ser meu de verdade. Apenas algo que sustentava uma mente que era apenas um receptáculo de um espectáculo de cores e emoções que me pertenciam temporariamente. Mais do que qualquer uma que poderia ser produzida em resposta ao exterior. À realidade em que me movo, pelo menos uma parte de mim.”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:21.3pt"><span style="Times New Roman","serif"font-family:";">Fechou os olhos e sonhou o sonho que o destruiria por dentro, e por dentro o criaria, mais uma vez. E a Fénix renascida olharia de novo o mundo, com o olhar vazio e a mente completa. <o:p></o:p></span></p>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-13933104905879430172010-01-16T16:29:00.004+00:002010-01-16T16:32:25.014+00:00Capítulo 1: No nevoeiro (ou Adeus ao " As sentenças dos mortais")<p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">No meio de um nevoeiro; é assim que começa esta história. Da noite negra e nebulosa não se avista nem fim nem meio. Terão de ser outros a delineá-la: para isso emprestarei a minha caneta. E a história ganhará uma estrada e passará as fronteiras do imaginável.</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">O ar húmido e frio ganha terreno na noite antes estrelada. O olhar ainda não alcança nada, no meio da noite asfixiante.</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">Apenas se vê um caminho sinuoso e pedregoso, mais claro do que o resto. A lua estará algures, a sondar o céu invisível. É noite de lua cheia e nem por isso a noite perde os seus mistérios.</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">Um vulto, envolto de um negro azulado, aproxima-se. Passo a passo, trilha o caminho que leva a uma qualquer cidadela. “Falta pouco”, pensa o estranho, “Saint Mousnier é daqui a alguns passos, basta seguir o trilho…”</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">Decidira confiar em conselhos de estranhos que encontrara no caminho. Teve sorte, não eram ladrões mas mercadores, conhecedores dos caminhos, perigosos e escassos, que serpenteavam em direcção às cidades.</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">Eram cinco irmãos que se tinham dedicado ao comércio das lãs, produzidas no Norte do Reino. O negócio era próspero e o ofício, de família, e o sangue sempre nos transmite algumas coisas úteis.</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">O estranho e os mercadores seguiram durante sete dias o mesmo caminho; uma viagem por terra é sempre mais segura com companhia. Por fim, a encruzilhada ditara o fim do caminho comum. Depois das despedidas, o mais novo, um jovem na casa dos vinte, estranhando o silêncio constante do desconhecido, perguntara:</span><span style="font-family:"Georgia","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"> - Quem sois afinal?</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"> O desconhecido, com os olhos postos no fim da estrada que iria seguir, virou lentamente a cabeça e olhou atentamente para o jovem mercador:</span><span style="font-family:"Georgia","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"> - Sois mercador, outros são ladrões, outros ainda são lavradores… Quem sou eu? Sou a memória do que fui e a esperança do que serei. – o sorriso abriu-se no rosto numa expressão magoada – Sois jovem, não sabeis que a vida nos reserva mais do que queríamos…</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">O sorriso morreu, e com ele a sua faceta mais transparente; voltou a ser opaco, um livro fechado. E o jovem, visivelmente pelo brusco fecho de uma tese de vida, despediu-se cordialmente e os cinco fizeram-se ao caminho.</span><span style="font-family:"Georgia","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">O vulto ficou a olhar para o grupo até ele desaparecer de vista como uma memória a escapar-se da mente. Virou a cabeça e olhou o céu: as nuvens começavam a amontoar-se.</span><span style="font-family: "Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black; mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">De nuvens a nevoeiro, do dia para a noite…</span><span style="font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span style="font-family:""","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT">E vulto continuava a sua viagem pela noite escura e asfixiante…</span><span style="font-family:"Georgia","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><br /></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal">----------------------------------------------------------------------------------------------</p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal">Este era para ser o ponto de partida para uma história escrita no colectivo. Mas tal não aconteceu e decidi aqui publicar o único texto de uma aventura curta e mal sucedida. Apenas uma forma de dizer adeus a um projecto que estava sediado num blogue agora eliminado...</p>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-27006651523704381942009-11-08T00:43:00.001+00:002009-11-08T00:43:43.036+00:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhByBoOKD2bmrDSHAI-2cJRkQOfPliU8UVeSbjjjVBiBsx0Zu47rduIScnINnb3MDUZOYMvoKEWIzu3DBbEeAFuOxDHTgQLqyp2tx8lMTF_wSH5Q-DEbcLf0GPEqTiaO8DEvl-TDrQQiDM/s1600-h/light.jpeg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 386px; height: 248px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhByBoOKD2bmrDSHAI-2cJRkQOfPliU8UVeSbjjjVBiBsx0Zu47rduIScnINnb3MDUZOYMvoKEWIzu3DBbEeAFuOxDHTgQLqyp2tx8lMTF_wSH5Q-DEbcLf0GPEqTiaO8DEvl-TDrQQiDM/s400/light.jpeg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401527014157237442" /></a>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-83353090600019944452009-09-05T23:54:00.000+01:002009-09-05T23:55:30.074+01:00Tela<p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">A cada pincelada, </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">O poema surge.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Uma música de fundo.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Não é a letra por todos conhecida.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Por isso, aperfeiçoo.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Mas a exaustão não me leva para perto do sonho.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Cada pincelada é oca,</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Apesar de tão cheia de técnica.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Cada pincelada é cinzenta,</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Apesar de tão cheia de cor.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Porque não pinto logo a tela de negro?</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">A técnica esvazia-me a alma,</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">A cor enegrece o q dela resta.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Porque não pinto a tela de branco?</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Há que fugir antes q seja tarde demais...</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Assim a mente viaja mais.</span></span><o:p></o:p></p>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-84677898584368456512009-05-21T00:09:00.003+01:002009-05-31T18:02:29.990+01:00Cansaços vagos<span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Cansaços vagos</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">que me têm perdida.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Cansaços vagos</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Que me desesperam.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Procuro silêncios,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Vagueiam</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Sem ar para respirar.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Olhos de encantos</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Muitos, me temem.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Deixo,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Livres</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Voam os pensamentos.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">encantos que se respiram,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Não temam.</span></div>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-77918626319912212692009-04-22T22:25:00.006+01:002009-04-22T22:38:26.804+01:00Vampiros vs Licantropos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://th00.deviantart.com/fs33/300W/i/2008/303/4/6/Vampire_vs_Werewolf_by_Aracubus.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 225px;" src="http://th00.deviantart.com/fs33/300W/i/2008/303/4/6/Vampire_vs_Werewolf_by_Aracubus.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Que mania é esta de escrever sobre vampiros contra lobisomens? <br />E porque são sempre os primeiros os preferidos? <br /><br />Qual raça preferes?<br /><br /><br />Tens alguma opinião sobre isto? Envia-a por e-mail ou simplesmente comenta...Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-23716857269647980922009-04-18T00:05:00.003+01:002009-04-18T01:00:48.530+01:00Poema do InconstanteTenho fome de uma nova história,<br />Conto-as eu nos caminhos da minha mente.<br />Inconstante é o olhar;<br />Na minha cabeça a chama ilumina as personagens,<br />A cena em constante movimento.<br />Elas querem visitar as folhas de papel,<br />Escorrer pelo cano da caneta,<br />Balas do meu ódio ensanguentadas:<br />Matei a minha paciência <br />e ela tarda a ressuscitar...<br /><br />Oh, nunca serão contadas,<br />Eu sei...<br />A menos que o meu ego trabalhe...<br />Ele sempre entra nas horas erradas no meu quarto...<br />O chão fica escorregadio <br />E o mundo desliza.<br /><br />E um dia, a minha dimensão pode mudar.Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-3890649337403251832009-04-08T19:49:00.001+01:002009-04-08T19:51:33.244+01:00Tentei-me conter......Mas é impossível.<br /><br />POOOOOORTO!!!!<br /><br /><br />Obrigada pela atenção dispendida...Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-55907586734215653552009-04-05T21:02:00.003+01:002009-04-05T21:26:52.062+01:00Al.. Quê?Tenho algo muito importante para dizer!<br /><br />O assunto é de extrema importância... É sobre...<br /><br />Já vos tinha dito? Tenho algo de muito importante para dizer!<br /><br />É sobre...<br /><br />É engraçado, agora lembro-me de me terem dito que eu tinha Alzhei...<br />Isso agora não interessa! Tenho de vos contar uma coisa...<br /><br />Acho que já vos contei...<br /><br />Epá, se é assim, acho que me posso despedir.<br /><br />Adeus... <br />Já disse?<br /><br />Adeus!<br /><br />(ok, não tenho a certeza de me ter despedido, mas pronto...)Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-77982431767807699952009-02-21T00:08:00.001+00:002009-02-21T00:10:52.845+00:00Uma reflexão...(desculpem a expressão)Uma reflexão filosófica. Era uma boa ideia até me lembrar que não tenho jeito para pensar. A minha cabeça está demasiado cheia com tudo o que ouvimos e vemos todos os dias. Uma mistura de futilidades e labirintos mentais que acabam por cortar as nossas asas quando queremos voar. <br /><br />Não estou à espera de dizer alguma coisa de especial, nem acho que esperem isso de mim. A poluição informativa continua a oprimir a minha liberdade de expressão, limito-me a sofrer de uma espécie de verborreia ligada ao teclado e à caneta, mas apenas quando consigo pegar nestes instrumentos. <br /><br />Fecho os olhos. As vozes surgem, não sem nexo, não sem lógica. “A vida é como um espelho, uma espécie de ilusão.” Olho num espelho, uma ilusão na minha mente. “Porque é uma ilusão se, quando olho, vejo as coisas como elas são?”, penso eu, respondendo àquela voz. “A ilusão está completa quando olhas mais de uma vez à tua volta e vez exactamente o mesmo…”.<br /><br />Olho mais uma vez para aquele espelho, solitário e imaginário, dominando uma sala vazia que pessoas como eu conseguem identificar como sendo a mente. “Se ao menos pudesse partir a película metálica do espelho que me impede de ver o outro lado….” A voz, troante, soou novamente “Se o fizesses, apenas verias por detrás a parede onde o espelho estava pendurado”.<br /><br />Então, não existe maneira nenhuma de penetrar nos segredos do ser humano; os pensamentos e as memórias, os sentimentos e as sensações, para sempre escondidos, omissos na esfera do conhecimento real.<br /><br />Por isso, sim, por isso me escondo na minha mente, poderosa no seu próprio campo de acção; desenho as histórias e as personagens. Obedecem a regras próprias, desconheço o que fariam na realidade. Já não conheço mais o mundo real; se calhar nunca o conheci… <br /><br />A única coisa que me resta é olhar-me ao espelho e ver que nem o que está dentro daqueles olhos me é revelado.<br /><br />Fiquemos com o eterno mistério da nossa humanidade. E um pedido de desculpas: para que serve reflectir para voltar ao ponto de partida? <br /><br />Volto de novo ao lugar que antes ocupava: detesto estas pessoas que se põem a dar opiniões semi-filosóficas sobre a vida, juntando uma data de lugares comuns sem terem a verdadeira noção do que é a vida. São como eu: inundados pela imundice que pulula na nossa cultura e não nos deixa ver o que está por baixo. <br /><br />São como eu e, agora mesmo, eu imitei-os.Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-20772697381116246182009-02-13T15:51:00.006+00:002009-02-13T17:23:21.457+00:00Sexta Feira 13<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDPKTB_vEkoe7i7rXliHDoI15FsqXvh2M2TS8j58_jXiw6wyvnVNvNCBGsPaTvyKUcjrEVCEJQ607CDZPR-Ut1L7qOTVQFPfeenKFi_Z8yYHY8jO0nkvx_2SBQcqZlg7_MtLQgXHmwRBw/s1600-h/Cat_by_Dragarta.jpg"><span><span></span></span><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 292px; height: 298px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDPKTB_vEkoe7i7rXliHDoI15FsqXvh2M2TS8j58_jXiw6wyvnVNvNCBGsPaTvyKUcjrEVCEJQ607CDZPR-Ut1L7qOTVQFPfeenKFi_Z8yYHY8jO0nkvx_2SBQcqZlg7_MtLQgXHmwRBw/s320/Cat_by_Dragarta.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5302331003920699106" /></a><br />Factos verdadeiramente extraordinários sobre Sexta Feira 13.<br /><div><br /></div><div>Sabias que, neste dia, ...</div><div><br /></div><div>1. Se atirares um ovo ao ar e não colocares nenhum obstáculo entre ele e o chão, há 100% de probabilidades de teres de lavar o chão?</div><div><br /></div><div>2. Continuas a ter vontade de te suicidares se ouvires Tony Carreira?</div><div><br /></div><div>3. Se esfregares a cara com uma mistura de excremento de piriquito e nata, é grande a probabilidade de ficares a pensar porque raio o fizeste?</div><div><br /></div><div><br /></div><div>4. Quem fica em casa com medo do azar pode dormir mais do que quem vai trabalhar?</div><div><br /></div><div>5. É tão deprimente estar a ler isto como em qualquer outro dia?</div>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9178158499736399722.post-85152897114424118432009-02-09T19:39:00.002+00:002009-02-09T19:48:37.871+00:00Vincent - Tim Burton<span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre;font-family:Arial;font-size:10px;"><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hD8uQzu0IL0&hl=pt-br&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/hD8uQzu0IL0&hl=pt-br&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /></span><div><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre;font-family:Arial;font-size:10px;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre;font-family:Arial;font-size:10px;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre;font-family:Arial;font-size:10px;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(8, 35, 34); white-space: normal; font-family:'times new roman';font-size:16px;"><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">Vincent Malloy is seven years old<br />He’s always polite and does what he’s told<br />For a boy his age, he’s considerate and nice<br />But he wants to be just like Vincent Price</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">He doesn’t mind living with his sister, dog and cats<br />Though he’d rather share a home with spiders and bats<br />There he could reflect on the horrors he’s invented<br />And wander dark hallways, alone and tormented</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">Vincent is nice when his aunt comes to see him<br />But imagines dipping her in wax for his wax museum</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">He likes to experiment on his dog Abercrombie<br />In the hopes of creating a horrible zombie<br />So he and his horrible zombie dog<br />Could go searching for victims in the London fog</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">His thoughts, though, aren’t only of ghoulish crimes<br />He likes to paint and read to pass some of the times<br />While other kids read books like Go, Jane, Go!<br />Vincent’s favourite author is Edgar Allen Poe</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">One night, while reading a gruesome tale<br />He read a passage that made him turn pale</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">Such horrible news he could not survive<br />For his beautiful wife had been buried alive!<br />He dug out her grave to make sure she was dead<br />Unaware that her grave was his mother’s flower bed</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">His mother sent Vincent off to his room<br />He knew he’d been banished to the tower of doom<br />Where he was sentenced to spend the rest of his life<br />Alone with the portrait of his beautiful wife</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">While alone and insane encased in his tomb<br />Vincent’s mother burst suddenly into the room<br />She said: “If you want to, you can go out and play<br />It’s sunny outside, and a beautiful day”</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">Vincent tried to talk, but he just couldn’t speak<br />The years of isolation had made him quite weak<br />So he took out some paper and scrawled with a pen:<br />“I am possessed by this house, and can never leave it again”<br />His mother said: “You’re not possessed, and you’re not almost dead<br />These games that you play are all in your head<br />You’re not Vincent Price, you’re Vincent Malloy<br />You’re not tormented or insane, you’re just a young boy<br />You’re seven years old and you are my son<br />I want you to get outside and have some real fun.</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">”Her anger now spent, she walked out through the hall<br />And while Vincent backed slowly against the wall<br />The room started to swell, to shiver and creak<br />His horrid insanity had reached its peak</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">He saw Abercrombie, his zombie slave<br />And heard his wife call from beyond the grave<br />She spoke from her coffin and made ghoulish demands<br />While, through cracking walls, reached skeleton hands</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">Every horror in his life that had crept through his dreams<br />Swept his mad laughter to terrified screams!<br />To escape the madness, he reached for the door<br />But fell limp and lifeless down on the floor</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">His voice was soft and very slow<br />As he quoted The Raven from Edgar Allen Poe:</span></span></span></p><p align="center"><span style="font-size:85%;"><em><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(204, 204, 204);">“and my soul from out that shadow<br />that lies floating on the floor<br />shall be lifted?<br />Nevermore…”</span></span></em></span></p></span></span></div>Psiquedelicoushttp://www.blogger.com/profile/08170211827396708524noreply@blogger.com1