quinta-feira, 10 de novembro de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

Descubro Beijos

Descubro beijos,

Mantas sobre mobília antiga,

Apenas para não ganhar pó.

E porque tem de ser assim,

Sem cerimónia nem pompa,

Como o mais banal dos gestos?

Prefiro alcançar esse destino,

Correr para uma meta,

Que mais ninguém pode atravessar.

Solidão?

Escuridão?

Medo?

Talvez.

Mas não quero ser extremista.

Posso sempre mudar ao longo do caminho.

Nunca te habitues a pensar da mesma forma.

Senão irás parar a algum lugar que já conheces,

Mas ao qual nunca deverias ter voltado.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Intempéries 2

Esgotei as minhas palavras.

Estou farta de escrever no vazio.

Calafrio excêntrico de uma escritora

Sem papel,

Sem pincel,

Sem escopro,

Sem talento, incerto

Sonho dos sonhadores.

Sempre fui dada aos pesadelos

Suaves e claustrofóbicos.

Tinta

De sangue,

E em forma de caneta,

A dor.

Alucinações em que dizia

O que queria

E não

O que devia.

Se não fossem as lágrimas

Diria

Que era mentira.

Meu ser fora o não ser,

E, imaginação minha,

Não te quero perder.

Se te perco, perco-me a mim.

Perco-me,

Eu,

Mais uma vez,

No vazio.