domingo, 27 de janeiro de 2008

Areal

O céu escurece,
O luar invade-nos o coração
E as trevas, a mente.
Ódio e amor,
Duas faces do mesmo elemento.
Serão as trevas intocáveis?
Poderá o luar sucumbir?
Nenhuma das faces cairá.
São, pois, as duas, apoio e complemento uma da outra.

E move-se assim o corpo ao ritmo do coração
E não da mente, ausente dos planos,
Da trajectória, de todo um plano universal.

O destino de todos, já traçado ou por nós definido?
Se calhar seja já destino que o Homem faça
Um longo e ridículo questionário.
Que sabe o Homem afinal?
Ele apenas avista a ponta de algo escondido na areia,
Algo demasiado escondido na imensidão do areal
Areia demasiado movediça,
Que engole as esperanças e sonhos de quem insiste em escavá-la.
É, afinal, a escuridão dos nossos corações
Que se esconde no areal.

1 comentário:

ninguem disse...

"Que sabe o Homem afinal?"

Muito bem escrito e pensado.
Obrigada pelo comentário que fizeste ao meu blog. é bom saber que alguém nos visita quando ainda estamos no início de um blog.
Já agora, conheceste-me de onde?
Beijos, adorei mesmo os teus poemas.